12 maio 2017

COM MARIA NÃO SOMOS ÓRFÃOS




Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 10-05-2017, Gaudium Press) O tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (10/05) foi "Maria, Mãe da esperança". Por volta de 20 mil fiéis participaram do encontro com o Papa na Praça São Pedro.


Maria e as mães do nosso tempo

No caminho da sua maternidade, Maria teve que atravessar mais do que uma noite sombria. Ainda jovem, respondeu "sim" à proposta que o Anjo Gabriel lhe fez de ser a mãe do Filho de Deus.

Segundo Francisco, "Naquele instante, Maria se parece como uma de tantas mães do nosso mundo, corajosas até o extremo quando se trata de acolher no próprio ventre a história de um novo homem que nasce".

E ele ainda acrescentou Maria é uma mulher que não se deprime face às incertezas da vida; não é uma mulher que protesta e se lamenta contra a sorte que muitas vezes se Lhe apresentava hostil.

Maria é uma mulher que aceita a vida como vem, com os seus dias felizes, mas também com as suas tragédias.

Na crucifixão

Na noite mais escura da vida de Nossa Senhora, a noite da crucifixão de seu Filho, Maria permaneceu ao pé da cruz, desconhecendo o destino de ressurreição do seu Filho.

Francisco comenta que neste episódio, os Evangelhos são lacônicos e discretos, registram com um só verbo a presença da mãe: "Ela estava."

Nada dizem de sua reação nem sua dor, que ficou para a criatividade de poetas e pintores:

"As mães nunca desistem nem abandonam. As mães não traem."

Os Evangelhos somente dizem: ela estava. No momento mais cruel, Ela sofria com o Filho. Estava. Ela simplesmente estava ali. Os sofrimentos de uma mãe... Todos nós conhecemos mulheres fortes, que levaram avante os sofrimentos de seus filhos."

Temos a Mãe da Esperança

Depois, em Pentecostes, no primeiro dia da Igreja, reencontramos Maria como Mãe da Esperança em meio àquela comunidade de discípulos tão frágeis: um tinha negado o Mestre, muitos tinham fugido, todos tinham medo.

Maria simplesmente estava lá no seu modo normal de ser, como se fosse algo natural: a Igreja primitiva, envolvida pela luz da Ressurreição, mas também pela incerteza e o medo dos primeiros passos a dar no mundo, lembrou o Papa para, depois concluir seu pensamento:

"Por isso, todos nós A amamos como Mãe. Não somos órfãos, todos temos uma mãe no céu".

Maria nos ensina a virtude da espera, mesmo quando tudo parece sem sentido, pois confia no mistério de Deus:

"Nos momentos de dificuldade, que Maria possa sempre amparar os nossos passos, possa sempre dizer ao coração: levanta-se, olhe para frente, para o horizonte. Ela é Mãe de esperança. " (JSG)

Da Redação Gaudium Press, com informações Radio Vaticano